Comunicação não-violenta é tema de palestra na Casa da Família de Santa Cruz
Mudança para uma cultura de paz. Este foi o contexto apresentado pela diretora do Fórum de Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, e juíza da 3ª Vara de Família da regional, Mylene Vassal, que abriu a palestra “Comunicação não-violenta para crianças”, realizada nesta quarta-feira no local. “Temos que aprender a construir uma sociedade mais humana e acolhedora”, destacou.
Para a advogada Cristina Lobato, autora do livro “Ciranda do Ser”, que trata de comunicação não-violenta, muitas vezes não percebemos a violência invisível, presente em palavras que geram culpa, como, por exemplo, “se você fizer isso, a mamãe vai ficar triste”. “O outro não pode ser responsabilizado por como você se sente”, explicou.
Segundo Cristina, o objetivo da comunicação não-violenta – baseada em observação, sentimento, necessidades e pedido - é fortalecer as interações com base no diálogo, abrindo espaço para os sentimentos. “Ela busca fortalecer a comunicação humana com mais conexão, para ouvir o que o outro tem a dizer. A comunicação não-violenta contribui para que a gente possa ter mais conexão e, assim, realmente se expressar de forma honesta e, ao mesmo tempo, cuidadosa com a gente e com outro”, finalizou.
Para a também advogada Ana Carla Safadi, que atua na área de advocacia colaborativa, colocar em prática este tipo de comunicação é um exercício diário “A base está na escuta. O silêncio também é uma forma de comunicação”, destacou.
O processo de comunicação não-violenta abrange as ações concretas que estamos observando e que afetam nosso bem-estar; como nos sentimos em relação ao que estamos observando, além das necessidades, valores, desejos e outros que estão gerando nossos sentimentos.
Foto Felipe Cavalcante/TJRJ
SP/JM