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'A mediação é um ato de cidadania', afirma desembargador durante fórum nacional
Notícia publicada por Assessoria de Imprensa em 12/05/2017 14:22

O V Fórum Nacional de Mediação e Conciliação (Fonamec) prosseguiu nessa sexta-feira, dia 12, com a palestra do desembargador aposentado José Roberto Neves Amorim, do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP). Idealizador, criador e primeiro presidente do Fonamec, o magistrado discorreu sobre o tema: “Mediação de conflitos em múltiplos contextos: novas abordagens”.

Em sua palestra, o desembargador Neves Amorim, disse considerar a mediação como um ato de cidadania. “A mediação existe para a sociedade. É evidente que ela diminui a judicialização, mas o objetivo principal é promover a pacificação social”. O magistrado acrescentou que o segredo é a satisfação das pessoas envolvidas. “O que resolve e pacifica é a mediação, já que as partes encontram, elas mesmas, a solução do conflito. E o que eu percebo é que pessoas estão se conscientizando, cada vez mais, sobre isso. A judicialização deve ser a última porta”. Somente no Tribunal de Justiça do Rio, por exemplo, são feitos cerca de 400 atendimentos pré-processuais por dia, entre cíveis e de consumo.

O atual presidente do Fonamec e do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec) do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), desembargador César Cury, destacou a importância e as ações que contribuíram para a difusão da mediação através do Fórum.

Em seguida, representantes do Grupo Gás Fenosa no Brasil, do Mercado Livre e da Amil Assistência Médica Internacional relataram suas experiências na utilização dos meios alternativos de solução dos conflitos. Ricardo Lagreca e Humberto Chiesi, respectivamente diretor jurídico e de relações governamentais e gerente jurídico sênior do Mercado Livre, contaram que a empresa, atualmente, possui uma área de mediação com 180 empregados e que atingem aproximadamente 99% de acordos.

A diretora jurídica da Companhia Distribuidora de Gás no Rio de Janeiro, Kátia Junqueira, lembrou que a empresa, em 2011, foi a primeira a atingir 100% de êxito nos mutirões de conciliação promovidos pelo Tribunal de Justiça do Rio. Ela acrescentou que, recentemente, a CEG implementou um projeto de mediação para solucionar questões particulares de seus 500 funcionários.

Já o gerente jurídico da Amil, Alexandre Boccaletti, destacou que a ouvidoria do grupo atinge índice de resolução de conflitos de 80%. Além disso, a Amil participa mensalmente dos mutirões dos juizados especiais cíveis do Rio. “A mediação e conciliação proporcionam, além da satisfação do cliente, a redução de custos para as empresas e para o estado”.

A mesa de debates foi presidida pelo desembargador do TJSP José Carlos Ferreira Alves.

O V Fórum Nacional de Mediação e Conciliação (Fonamec) , com o tema “Plataforma Digital - uma Justiça para o século XXI”, está sendo realizado no Auditório Antonio Carlos Amorim, no Fórum Central.

MG/FB

Foto: Gustavo Lethier

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