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Rio vence São Paulo no júri simulado promovido pela FGV e o CCMJ.
Notícia publicada por Assessoria de Imprensa em 29/05/2017 17:23

O Salão Histórico do I Tribunal do Júri, localizado no segundo pavimento do Antigo Palácio da Justiça (APJ-Rio), foi palco, na sexta-feira, dia 26, da primeira das duas disputas entre as equipes de alunos dos cursos de Direito da Fundação Getúlio Vargas (FGV) do Rio de Janeiro e de São Paulo.

“O Caso dos Denunciantes Invejosos”, de autoria do professor americano Lon Luvois Fuller, deu base para o júri simulado. A acusação foi representada pela equipe de estudantes do Rio e a defesa pelo grupo de São Paulo. Da cadeira do juiz, o professor Thiago Bottino, coordenador do curso de graduação da FGV Direito Rio e idealizador da atividade, coordenou os trabalhos da sessão. Ao seu lado, nas cadeiras do promotor e do secretário, os professores das equipes das cidades envolvidas.

Durante o julgamento, promotoria e defesa desenvolveram suas teses para convencer o júri sobre a culpabilidade ou a inocência dos réus do caso - “os denunciantes invejosos” de um regime de exceção de um país fictício. Um dos fortes argumentos da promotoria é que houve nexo causal entre as denúncias e as mortes dos denunciados, enquanto  a defesa insistiu que os réus agiram sob coação e medo do “governo dos camisas púrpuras”.

A plateia lotada do I Tribunal do Júri, em alguns momentos cruciais do julgamento, se manifestou com entusiasmo e todas as vezes foi advertida pelo “juiz” do caso que, caso ocorressem novas manifestações, a sala seria evacuada. Nesse clima, de bom humor e harmonia em que a academia proporcionava aos alunos a vivência do exercício lúdico da experimentação de um júri, transcorreu todo o julgamento. 

Ao final, coube aos sete jurados - Adriana Cruz, jornalista; Paulo Machado, professor e advogado criminalista; Bruno Lavorato, promotor de Justiça; Carolina Haber, diretora de pesquisa da defensoria pública; Marcos Chut, desembargador do TJRJ; Sílvia Monte, diretora de teatro e diretora do CCMJ; e Jorge Vacite, advogado criminalista - decidirem sobre o caso com um resultado apertado de 4 votos pela condenação e 3 votos pela absolvição. Com esse resultado, a equipe da promotoria, representada pelos alunos da FGV Direito-Rio venceram seus colegas de São Paulo. Na próxima semana, outras duas equipes dos respectivos cursos estarão na cidade de São Paulo julgando o mesmo caso.

O desembargador Marcos Chut, do TJRJ, que atuou por dez anos como promotor no I Tribunal do Júri, ficou satisfeito com o desempenho das equipes que, apesar de serem formadas por alunos do primeiro semestre do curso de Direito, mostraram-se muito preparadas. Em seus comentários, ele falou da importância de se estudar Filosofia no curso de Direito, citando dois filósofos essenciais para a formação dos futuros bacharéis – Hanna Arendt e Michel Foucault.

A plateia, em torno de 115 pessoas, formada por professores e alunos da FGV Direito Rio e São Paulo, parentes e amigos, além de representantes de outras universidades, acompanhou atentamente o julgamento e ao final aplaudiu de pé o desempenho das duas equipes. Para a direção do CCMJ, atividades como essa são fundamentais e serão incentivadas na sua Agenda Cultural desenvolvida nos antigos Palácios da Justiça do Rio e de Niterói, uma vez que esse tipo de programação, além de estimular o diálogo do Judiciário com a sociedade, utiliza os salões históricos e valoriza sua nova vocação, inspirada na original - promover encontros com a Cultura e o Direito.

Fonte CCMJ

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