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Preconceito é tema de palestra para integrantes de projetos sociais
Notícia publicada por Assessoria de Imprensa em 26/08/2015 14:45

Os participantes dos projetos sociais do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) puderam conhecer nesta quarta-feira, dia 26, as diversas formas de preconceitos praticados dentro das organizações e que também são fatores impactantes na ascensão funcional. “A Diversidade nas Organizações – Preconceitos e Direitos” foi tema das palestras realizadas pela psicóloga Denise Braz, do Centro de Cidadania LGBT de Duque de Caxias, e pelo economista e professor da Fundação Getúlio Vargas, Hélio Arthur Reis Irigaray.

Com a plateia interagindo durante a exposição, Denise Braz mostrou como se dá o preconceito racial, cultural, social, sexual e religioso entre as pessoas, sendo fruto de conceitos que permanecem na sociedade. “O racismo, por exemplo, é crime, mas nem por isso as pessoas deixam de ser racistas. Portanto, a lei não é inviabilizadora do preconceito” - observou a psicóloga.

Citando outro exemplo, ela falou sobre as implicações geradas numa  sociedade machista como a brasileira, que discrimina a mulher. Segundo ela, essa discriminação alcança, inclusive, a violência. A psicóloga também falou sobre os direitos adquiridos recentemente pelos excluídos, como o reconhecimento nos serviços públicos do estado do Rio de Janeiro pelo uso do nome social por gays. Outra conquista citada foi o direito à união estável pelos casais do mesmo sexo. Denise Braz acentuou que todas as pessoas são iguais, independentes da cor, credo e nível social. “Sendo assim, todos têm o direito de pensar diferente”, disse.  

O economista Hélio Arthur Reis Irigaray falou especificamente sobre as manifestações preconceituosas no ambiente de trabalho e sobre os transtornos que elas causam nas carreiras profissionais. Segundo ele, essas ações poderiam ter o seu impacto reduzido com a implementação de políticas de diversidade e a geração der um tratamento igualitário entre as pessoas. No entanto, lembrou que algumas empresas multinacionais têm programas igualitários adotados no país, importado de suas matrizes internacionais, porém ainda esbarram na cultura local, que é preconceituosa.

“Temos que entender que as empresas visam o lucro. Mesmo quando adotam políticas de diversidade, porque elas ganham visibilidade. Mas essa questão não lhes tira o mérito de manter esses programas” – disse o economista.

Organizado pelo Departamento de Ações de Pró-Sustentabilidade (Deape), o evento aconteceu no auditório desembargador José Navega Cretton, no 7º andar da Lâmina I do Fórum Central.

 

PC/ JM

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